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13/09/25 - às 14:01
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A trajetória de Genivaldo Didomenico é marcada pela força de vontade e pela superação. Natural de Mariópolis (PR), ele começou cedo a lutar pelos seus sonhos: trabalhava durante o dia, estudava à noite e ainda encontrava tempo para treinar de madrugada, motivado pelo desejo de ingressar no fisiculturismo. Anos depois, mesmo diagnosticado com ataxia espinocerebelar, uma doença degenerativa que compromete os movimentos, Genivaldo transformou as dificuldades em motivação, conquistando o apoio de amigos e da comunidade prudentopolitana.
A ataxia espinocerebelar é uma doença neurológica rara e degenerativa que afeta progressivamente a coordenação motora. Causada por alterações genéticas, ela compromete a comunicação entre o cérebro e os músculos, fazendo com que atividades simples, como caminhar, correr ou até mesmo segurar objetos, tornem-se cada vez mais difíceis. Com o avanço da doença, os movimentos vão sendo limitados, mas as capacidades cognitivas permanecem preservadas, o que torna o desafio físico ainda mais marcante para quem convive com a condição.
Ao longo do caminho, ele morou em Pato Branco, onde trabalhou em uma loja de suplementos e sempre ajudou os colegas, inclusive oferecendo seu apartamento sem cobrar nada. Quando a doença começou a avançar, decidiu retornar à cidade natal, mas encontrou em Prudentópolis um novo lar. Acolhido por amigos, recebeu um triciclo para se locomover, teve acesso gratuito à estrutura da academia PUMP e, com o incentivo do atleta Léo Araújo, realizou o sonho de subir ao palco do Sardinha Classic, em Balneário Camboriú, onde conquistou o 1º lugar em sua categoria.
Apesar das vitórias, Genivaldo enfrenta desafios diários. Vive sozinho, com renda aproximada de R$ 1.400, valor que mal cobre despesas básicas como aluguel, luz, água e internet. Para amenizar a situação, estabelecimentos como a Panificadora Doce Sonho e amigos próximos garantem refeições e apoio. Ainda assim, o que mais chama atenção é sua gratidão e alegria constantes, características que o transformaram em símbolo de resiliência para a comunidade.
A história de Genivaldo, contada por Samuel Leite, mostra que sua vida é um verdadeiro exemplo de garra e determinação. Mesmo diante de uma doença degenerativa que limita seus movimentos, ele não deixou de sonhar e, com coragem, transformou obstáculos em degraus para seguir adiante. Em Prudentópolis, Genivaldo prova que a superação não tem limites: segue inspirando, conquistando espaço e mostrando que quando há vontade de viver, apoio coletivo e fé nos sonhos, nenhuma barreira é grande demais.

