Dia Nacional do Surdo destaca a urgência de garantir acessibilidade e respeito à Libras

Hoje, 26 de setembro, é celebrado o Dia Nacional do Surdo, marco de conscientização sobre os direitos da comunidade surda e da importância da acessibilidade em todos os espaços. A data, instituída pela Lei 11.796/2008 em referência à criação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (1857), chama atenção para a centralidade da Libras como língua da comunidade surda e para a necessidade de políticas efetivas que assegurem participação plena na escola, no serviço público, na saúde, na justiça e no mercado de trabalho.

Reconhecida em lei desde 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é o principal instrumento de comunicação de milhões de brasileiros surdos. Avanços existem como a presença crescente de intérpretes em eventos, repartições e universidades, mas persistem barreiras: falta de profissionais, conteúdos sem legenda ou janela de Libras, sites e aplicativos sem recursos de acessibilidade e desconhecimento de procedimentos básicos para um atendimento inclusivo.

Especialistas e entidades destacam que a inclusão começa na educação bilíngue (Libras e português escrito), com formação adequada de professores e oferta de tecnologias assistivas. No mundo do trabalho, o cumprimento das cotas precisa vir acompanhado de acessibilidade comunicacional e de ambientes que valorizem a cultura surda, evitando que a contratação seja apenas formal.

O Dia Nacional do Surdo é um convite para transformar boas intenções em prática cotidiana. Garantir acessibilidade não é favor é cumprir a lei e reconhecer a diversidade linguística e cultural que compõe o Brasil.