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23/09/25 - às 17:17
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O tropeirismo teve papel decisivo na formação de Prudentópolis, influenciando não apenas a economia, mas também a rotina das famílias. Registros apontam a atuação de condutores que partiam do interior do Paraná e cruzavam longas distâncias levando suínos e outras cargas, abastecendo cidades e conectando comunidades em uma época de estradas precárias.
Um dos exemplos é a trajetória de José Mroczko, que herdou o ofício dos antigos tropeiros. Ele conduzia porcos em viagens extenuantes entre Laranjeiras do Sul, Pitanga e Ponta Grossa. As boiadas de suínos podiam chegar a 500 animais e eram tocadas a pé, com a comitiva enfrentando rios, atoleiros e ladeiras escorregadias.
As técnicas empregadas revelam a dureza do trabalho em trechos críticos, os condutores chegavam a se descalçar para ter melhor firmeza e, quando necessário, puxavam os animais pelas orelhas e rabos para vencer obstáculos. As jornadas eram acompanhadas por dezenas de companheiros, que se revezavam no cuidado com a tropa e na vigilância contra extravios.
Esse fluxo constante de mercadorias ajudou a integrar Prudentópolis às rotas comerciais do Centro-Sul, dinamizando o comércio local, criando pontos de pouso e estimulando serviços como ferrarias, armazéns e hospedarias. A memória desse período permanece em acervos e imagens históricas que registram a presença tropeira diante de marcos arquitetônicos da cidade.


Foto: Fernando Demenech